Você já ouviu falar sobre o acerto de CNIS? Se você já consultou o seu extrato do INSS e percebeu vínculos ou remunerações faltando, saiba que isso pode comprometer o seu direito à aposentadoria.
Esses dados ficam reunidos no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), um documento essencial para o reconhecimento de qualquer benefício previdenciário.
É por meio do CNIS que o INSS verifica todo o seu histórico de trabalho e contribuições.
No entanto, é muito comum encontrar erros nesse cadastro: vínculos empregatícios que não aparecem, salários zerados, datas divergentes, entre outros.
Quando isso acontece, é necessário fazer o chamado acerto de CNIS, um procedimento para corrigir essas informações diretamente no sistema do INSS.
Neste guia completo, você vai entender como funciona o acerto do CNIS, quando ele é necessário, quais documentos apresentar e como agir caso o INSS negue a correção.
Ficou interessado? Neste texto, você vai descobrir:
O que é o CNIS e para que ele serve?
O CNIS, sigla para Cadastro Nacional de Informações Sociais, é um banco de dados mantido pelo INSS que reúne todo o histórico de trabalho e de contribuições previdenciárias de uma pessoa.
Esse banco de dados deve conter todas as informações sobre os seus vínculos, remunerações e contribuições como empregado, trabalhador avulso, contribuinte individual, contribuinte facultativo ou segurado especial.
Esse cadastro é formado a partir de informações enviadas por empregadores, órgãos públicos, entidades previdenciárias e também pelos próprios segurados.
Por isso, é comum que existam falhas, especialmente em vínculos antigos ou contribuições feitas por conta própria.
Além disso, o CNIS é utilizado pelo INSS como principal fonte de dados na hora de analisar pedidos de aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, entre outros benefícios.
Se uma informação estiver errada ou ausente no CNIS, o sistema pode entender que aquele período não existiu, e isso pode reduzir o tempo de contribuição ou até mesmo resultar na negativa do benefício.
Por isso, é fundamental que o contribuinte acompanhe regularmente o CNIS e corrija qualquer erro o quanto antes.
Quando é necessário fazer o acerto do CNIS?
O acerto do CNIS deve ser feito sempre que o contribuinte identifica que alguma informação está ausente, incorreta ou incompleta no seu cadastro previdenciário.
Isso pode envolver vínculos de trabalho que não aparecem ou que aparecem com datas erradas, remunerações erradas ou contribuições que não foram registradas pelo INSS.
Esses ajustes são fundamentais porque o CNIS é o principal documento analisado na hora de conceder benefícios como aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença e outros.
Se houver alguma falha nesse cadastro, o INSS pode entender que o período não existiu, e negar o direito ao benefício ou reduzir o seu valor.
Por isso, ao consultar o CNIS, é importante verificar se todas as informações estão corretas. Se houver qualquer inconsistência, o ideal é providenciar a correção o quanto antes, reunindo os documentos necessários para comprovar os dados corretos.
Principais erros de vínculos e remunerações no CNIS
Erros no CNIS são mais comuns do que se imagina, especialmente em registros antigos ou de trabalhadores que atuaram em diferentes regimes ao longo da vida.
Muita gente só descobre esses erros na hora de pedir a aposentadoria, e isso pode atrasar ou até impedir a concessão do benefício.
Portanto, o ideal é que o trabalhador consulte seu extrato com regularidade, ainda que faltem anos para dar entrada no pedido de aposentadoria, para identificar e corrigir possíveis problemas com antecedência.
Os erros mais comuns no CNIS envolvem vínculos e remunerações, e podem comprometer tanto o tempo de contribuição quanto o valor da aposentadoria:
- Vínculos com datas erradas;
- Vínculos sem data de término (Data Fim);
- Ausência de vínculos;
- Vínculos fracionados;
- Ausência de salários de contribuição (remunerações);
- Salários de contribuição (remunerações) com valor errado;
- Salários de contribuição (remunerações) abaixo do salário mínimo;
- Indicadores.
Vamos falar sobre cada desses erros.
1. Vínculos com datas erradas no CNIS
Um erro frequente no CNIS é a presença de vínculos com datas de início ou de término diferentes da realidade.
Isso pode fazer com que o tempo de contribuição registrado pelo INSS fique maior ou menor do que o efetivamente trabalhado, prejudicando a contagem necessária para a aposentadoria e outros benefícios.
Essas informações costumam ser incluídas a partir dos dados enviados pelas empresas ao longo do tempo. No entanto, é comum que haja falhas no repasse ou no registro dessas datas, especialmente em vínculos antigos ou com empregadores que não existem mais.
Se você perceber esse tipo de erro no seu extrato CNIS, será necessário solicitar a correção e comprovar o período correto por meio da documentação adequada.
2. Vínculos sem data de término (Data Fim) no CNIS
Outro erro comum no CNIS é a ausência da data de término de um vínculo empregatício.
Quando isso acontece, o sistema do INSS entende que o vínculo ainda está ativo, mesmo que o trabalhador já tenha saído da empresa há muitos anos.
Esse tipo de erro pode causar inconsistências na contagem do tempo de contribuição e gerar problemas na hora de se aposentar, principalmente se houver outro vínculo registrado no mesmo período.
Em alguns casos, o INSS desconsidera o vínculo ou exige provas adicionais para aceitá-lo.
Além disso, vínculos sem data de fim podem interferir no cálculo correto da média salarial, afetando o valor final da aposentadoria.
É importante identificar esse tipo de pendência com antecedência e solicitar o acerto, para que o histórico de contribuições fique completo e coerente.
3. Ausência de vínculos no CNIS
A ausência de vínculos no CNIS é um dos problemas mais sérios, pois significa que determinado período de trabalho não está registrado no sistema do INSS.
Quando isso acontece, o tempo simplesmente não é contabilizado para fins de aposentadoria ou outros benefícios, mesmo que o trabalhador tenha realmente exercido a atividade e contribuído durante aquele período.
Esse tipo de erro costuma ocorrer por falhas no repasse de informações por parte do empregador, por registros antigos feitos antes da informatização do sistema, ou até por problemas técnicos no próprio banco de dados da Previdência.
Também pode acontecer quando o trabalhador atuou de forma informal, sem anotação em carteira ou sem recolhimento correto das contribuições.
Ao identificar que um vínculo está faltando no extrato, é fundamental tomar providências para comprovar esse período ao INSS, evitando prejuízos no cálculo do tempo de contribuição.
4. Vínculos fracionados no CNIS
Os vínculos fracionados no CNIS ocorrem quando um mesmo período de trabalho aparece dividido em duas ou mais partes no extrato do segurado.
Em vez de constar como um vínculo contínuo, o sistema registra entradas e saídas sucessivas para a mesma empresa, com datas muito próximas ou até idênticas.
Esse tipo de erro pode confundir a contagem do tempo de contribuição e gerar dúvida sobre a validade do vínculo, principalmente se o sistema do INSS interpretar que houve interrupções.
Em alguns casos, pode até ser necessário justificar que as divisões não correspondem a desligamentos reais, mas sim a falhas no registro.
Embora seja um problema relativamente comum, principalmente em vínculos mais antigos, ele deve ser corrigido com antecedência para evitar questionamentos no momento do pedido de aposentadoria.
Quanto mais claro e linear estiver o histórico no CNIS, menor o risco de indeferimentos ou atrasos no processo.
5. Ausência de salários de contribuição (remunerações) no CNIS
Nem sempre as falhas no CNIS envolvem a ausência completa de um vínculo.
Em muitos casos, o vínculo aparece corretamente, mas faltam as remunerações de alguns meses específicos.
Isso significa que, para o INSS, não houve contribuição nesses períodos, mesmo que o trabalhador tenha de fato exercido a atividade e recebido salário.
Esse tipo de erro pode passar despercebido, mas impacta diretamente no cálculo do tempo de contribuição e no valor da aposentadoria. Isso porque o sistema pode desconsiderar os meses sem remuneração ou considerar apenas o salário mínimo, o que reduz a média salarial do segurado.
As falhas geralmente ocorrem por problemas no envio de informações por parte do empregador, principalmente em registros mais antigos ou em empresas que não existem mais.
Por isso, é importante analisar o extrato CNIS com atenção mês a mês, e solicitar o acerto sempre que identificar lacunas.
6. Salários de contribuição (remunerações) com valor errado
Além da ausência de remunerações, outro problema comum no CNIS é o registro de salários de contribuição com valores incorretos.
Muitas vezes, o sistema aponta um valor menor do que o realmente recebido pelo trabalhador, o que afeta diretamente a média salarial usada para calcular o valor da aposentadoria.
Esses erros podem acontecer por falhas na informação repassada à Previdência, erros na digitação dos dados ou mesmo pela falta de atualização nos sistemas antigos.
Já no caso de contribuintes individuais e facultativos, a divergência pode surgir de guias pagas com valor menor do que o devido.
Mesmo que o tempo de contribuição esteja correto, valores abaixo do real podem reduzir significativamente o benefício.
Por isso, é essencial verificar se os salários registrados refletem de fato o que foi recebido à época, especialmente em períodos próximos ao cálculo da aposentadoria.
7. Salários de contribuição (remunerações) abaixo do salário mínimo no CNIS
Como regra, as contribuições recolhidas sobre valor inferior ao salário mínimo não são computadas para fins de tempo de contribuição ou carência.
Em relação aos segurados empregados e trabalhadores avulsos, essa regra entrou em vigor com a reforma da previdência a partir de novembro de 2019.
Para contribuintes individuais e facultativos, a regra sempre foi essa.
Caso haja salários de contribuição abaixo do salário mínimo em seu CNIS, você pode:
- Complementar a contribuição, de forma a alcançar o limite mínimo exigido;
- Utilizar o valor da contribuição que exceder o limite mínimo de contribuição de uma competência em outra; ou
- Agrupar contribuições inferiores ao limite mínimo de diferentes competências, para aproveitamento em contribuições mínimas mensais.
Dessa forma, a contribuição vai ser computada.
Porém, é importante sempre verificar se há real necessidade desse ajuste ou se é melhor simplesmente descartar a contribuição para não prejudicar a sua média.
8. Indicadores no CNIS
Por fim, os indicadores presentes no CNIS podem indicar problemas que precisam ser resolvidos.
Alguns indicadores são meramente informativos.
Outros apontam para problemas que podem prejudicar ou atrasar a aposentadoria.
Por isso, precisam ser resolvidos com urgência.
Como pedir o acerto do CNIS no Meu INSS?
Se você encontrou erros no seu CNIS, o ideal é corrigir essas informações o quanto antes, por meio do serviço de acerto de vínculos e remunerações.
Muitos segurados só descobrem problemas no CNIS quando já estão prestes a se aposentar, e isso pode atrasar ou até comprometer a concessão do benefício.
Por isso, fazer o acerto com antecedência é sempre mais vantajoso.
Isso permite tempo para reunir os documentos corretos, resolver eventuais pendências e garantir que todo o histórico esteja completo e coerente.
Além disso, contar com o apoio de um advogado especializado em direito previdenciário pode fazer toda a diferença.
Um erro mal corrigido ou um documento inadequado pode levar à negativa do pedido ou à concessão de um benefício com valor inferior ao que o segurado realmente teria direito.
Vamos explicar como funciona o acerto do CNIS, tanto antes quanto no momento do pedido de aposentadoria.
Acerto de CNIS antes do pedido de aposentadoria
Solicitar o acerto do CNIS antes de pedir a aposentadoria é a forma mais segura de garantir que o seu histórico de contribuições esteja correto e completo no momento em que for avaliar o benefício.
Essa medida preventiva evita surpresas, como a negativa do pedido por tempo insuficiente ou cálculo incorreto do valor da aposentadoria.
Primeiro você deve ligar para o INSS, pelo 135.
Na ligação, você deve solicitar o acerto de vínculos e remunerações.
Infelizmente, nem todos os atendentes do INSS conhecem esse procedimento.
Porém, se você insistir e explicar que precisa fazer essas correções agora, vai dar certo.
Após concluir a sua ligação pelo 135, o requerimento deve aparecer no Meu INSS com um pedido de cumprimento de exigência.
Agora você deve anexar os documentos que comprovam os vínculos ou as remunerações que precisam ser corrigidos.
Além dos documentos, é altamente recomendável apresentar uma petição clara, fundamentada e objetiva, explicando detalhadamente o que deve ser corrigido e com base em quais provas.
Uma boa petição ajuda o servidor do INSS a entender o pedido com mais facilidade, evita indeferimentos por falta de informação e pode acelerar o andamento do processo.
Por isso, o apoio de um advogado pode ser essencial nesse momento.
O INSS analisará as informações e, se tudo estiver correto e bem fundamentado, os ajustes serão feitos diretamente no sistema. Esse procedimento pode levar algumas semanas, por isso é fundamental não deixar para a última hora.
Nessa etapa, contar com a orientação de um advogado previdenciário pode ajudar a evitar erros no pedido, selecionar os documentos corretos e até acelerar a análise, garantindo que tudo esteja pronto quando chegar a hora de solicitar o benefício.
Acerto de CNIS no pedido de aposentadoria
Também é possível solicitar o acerto do CNIS no momento em que se dá entrada no pedido de aposentadoria, caso o segurado identifique erros ou perceba que algum vínculo ou remuneração está ausente.
Nesse caso, durante o preenchimento do requerimento de aposentadoria no Meu INSS, existe a opção de anexar documentos e escrever uma justificativa explicando o que precisa ser corrigido.
Você deve procurar a opção Pedir Aposentadoria e escolher a melhor aposentadoria para o seu caso (por idade, tempo de contribuição, especial, entre outras).
E é importante sempre lembrar: antes de pedir a sua aposentadoria, tenha certeza de que este é o melhor momento e saiba exatamente qual valor você tem direito.
Pedir a aposentadoria no momento errado ou sem ter certeza quanto ao correto valor do seu benefício pode gerar enormes prejuízos.
Inclusive, é sempre recomendável procurar um advogado especialista para uma consulta ou planejamento previdenciário antes de dar entrada na aposentadoria.
Após escolher a melhor regra de aposentadoria para o seu caso, você deve preencher as informações solicitadas e anexar a documentação necessária para a concessão da aposentadoria e para o acerto de CNIS.
Essa alternativa deve ser usada especialmente por quem já completou os requisitos para se aposentar.
Isso porque, nesses casos, não vale a pena esperar primeiro resolver o acerto para só depois entrar com o pedido, já que isso pode gerar atrasos e até prejuízos financeiros.
Além disso, é sempre recomendável contar com o apoio de um advogado especializado.
Isso porque o sucesso do pedido vai depender, muitas vezes, da qualidade da petição: é ela que deve demonstrar, com base na legislação e na jurisprudência, por que aquele vínculo ou remuneração deve ser reconhecido.
Uma petição mal feita ou genérica pode resultar em indeferimento do pedido ou na análise incompleta da documentação.
Já uma petição bem estruturada, com argumentação técnica e documentos organizados, aumenta significativamente as chances de êxito e pode evitar a necessidade de recurso ou ação judicial.
Quais documentos são aceitos para corrigir o CNIS?
Para que o INSS aceite a correção de vínculos ou remunerações no CNIS, não basta apenas apontar o erro. É preciso apresentar documentos que comprovem, de forma clara e objetiva, o que se está pedindo.
Os documentos mais usados para esse fim incluem:
- Carteira de Trabalho (CTPS) com registros legíveis de admissão, saída e anotações salariais;
- Holerites, contratos de trabalho e ficha financeira da empresa;
- Comprovantes de recolhimento;
- Declaração do empregador, preferencialmente com firma reconhecida;
- Decisão judicial trabalhista ou previdenciária;
- Extratos antigos do próprio CNIS, microfichas ou outros documentos do INSS;
- Entre outros.
Mas aqui está um ponto crucial: nem todo documento é suficiente ou adequado para cada tipo de erro. Por exemplo, uma carteira de trabalho pode não bastar sozinha para comprovar remunerações exatas, ou um carnê pode não ser aceito se houver inconsistências no número do NIT.
E é aí que entra a importância de contar com um advogado previdenciarista.
É ele quem vai analisar cada caso individualmente, definir quais documentos realmente têm força probatória e montar uma estratégia sólida para o acerto.
Muitas pessoas, ao tentarem corrigir o CNIS por conta própria, enviam documentos errados ou incompletos, o que acaba gerando indeferimentos, atrasos e até prejuízos financeiros.
Em alguns casos, o segurado só descobre que a documentação era insuficiente quando já perdeu meses (ou anos) esperando por uma resposta.
Por isso, além de reunir os documentos, é essencial saber usá-los corretamente, o que inclui também a apresentação de uma boa petição técnica.
Com a orientação adequada, o processo de acerto se torna mais eficiente e seguro.
Dicas para agilizar a correção do CNIS
Embora o processo de acerto do CNIS possa parecer simples, muitos pedidos são negados ou ficam parados por meses por falta de organização, documentação insuficiente ou erros na solicitação.
Portanto, vamos apresentar algumas dicas e estratégias que podem acelerar a análise e aumentar as chances de sucesso.
A primeira dica é não deixar para resolver tudo na hora de pedir a aposentadoria.
Se o segurado já sabe que existem vínculos faltando, remunerações erradas ou indicadores no extrato, o ideal é corrigir essas pendências com antecedência.
Isso evita atrasos na concessão do benefício e permite uma melhor projeção do tempo e do valor da aposentadoria.
Outro ponto essencial é organizar a documentação de forma clara e completa.
O INSS costuma indeferir pedidos por ausência de documentos ou por não conseguir entender o que está sendo solicitado. Por isso, agrupar os comprovantes por vínculo e montar uma linha do tempo das atividades pode facilitar muito a análise do servidor.
Além disso, é altamente recomendável anexar uma petição bem estruturada, explicando o erro, indicando os períodos exatos e fundamentando o pedido com base na legislação e nos documentos apresentados. Essa petição pode ser decisiva para convencer o INSS a aceitar a correção.
E, por fim, uma dica que não pode ser ignorada: conte com um advogado especializado. Muitas vezes, o que parece um detalhe pode comprometer todo o pedido. O profissional certo vai identificar riscos, evitar perda de tempo e garantir que o processo seja feito da maneira mais segura possível.
O que fazer se o pedido de acerto de CNIS for negado?
Mesmo com bons documentos e um pedido bem feito, pode acontecer do INSS negar o acerto do CNIS.
Isso não significa que o direito não existe, mas sim que será necessário insistir da forma correta para garantir o reconhecimento das informações.
Na prática, é muito mais comum ver indeferimentos quando o pedido é feito por conta própria, sem fundamentação jurídica e sem a organização adequada da documentação.
Mas ainda assim, mesmo com advogado, há o risco de o INSS falhar na análise, especialmente por desatenção do servidor ou má interpretação das provas.
Se isso acontecer, há alguns caminhos para reverter a negativa do INSS.
Uma opção é apresentar um recurso administrativo. Mas para que essa seja uma escolha realmente vantajosa, é essencial conhecer os precedentes das instâncias superiores dentro do próprio INSS, como as decisões do CRPS (Conselho de Recursos da Previdência Social).
Um advogado experiente sabe quando há decisões favoráveis semelhantes e pode construir um recurso bem fundamentado, aumentando significativamente as chances de êxito.
Por outro lado, em situações em que a análise do INSS foi superficial ou claramente equivocada, pode ser mais eficaz apresentar um novo pedido de acerto, corrigindo eventuais falhas na documentação ou reformulando a argumentação.
Essa estratégia pode evitar o tempo de espera de um recurso e, muitas vezes, resulta em uma análise mais cuidadosa.
Além disso, a via judicial continua sendo uma alternativa possível, principalmente quando há provas robustas e negativas reiteradas na esfera administrativa.
O importante é entender que uma negativa não encerra o processo, mas sim exige uma resposta técnica e estratégica.
Com o acompanhamento jurídico certo, é possível escolher o melhor caminho e garantir a correção do CNIS, etapa essencial para não ter prejuízos na futura aposentadoria.
Conclusão
Manter o CNIS atualizado é uma das etapas mais importantes para garantir uma aposentadoria sem surpresas e no menor tempo possível.
Os erros em vínculos e remunerações são mais comuns do que se imagina e, quando não corrigidos a tempo, podem atrasar a concessão do benefício ou reduzir o valor da renda mensal.
Por isso, não espere chegar perto da aposentadoria para verificar seu extrato.
Quanto antes os problemas forem identificados e resolvidos, maior será sua segurança jurídica (e menor o risco de prejuízos financeiros).
Além disso, contar com o apoio de um advogado especialista em Direito Previdenciário faz toda a diferença.
É ele quem pode analisar seu caso com precisão, identificar erros ocultos, orientar sobre os documentos corretos e preparar uma petição fundamentada para aumentar suas chances de sucesso junto ao INSS.
Se você identificou algum erro no seu CNIS ou quer garantir que tudo esteja certo para o futuro, buscar orientação agora pode evitar muita dor de cabeça lá na frente.
Caso tenha interesse, o nosso escritório está à disposição para ajudar.

Advogado especialista em Direito Previdenciário (OAB/MA nº 18.469), com pós-graduação pela Escola Paulista de Direito (EPD). Autor de diversos artigos sobre Direito Previdenciário. Sócio do escritório Lemos de Miranda Advogados.